Não consigo perspectivar a democracia e a politica sem os partidos políticos.
Muito mal está a comunidade em que os partidos não funcionem ou estejam condicionados na sua actuação por interesses económicos e/ou de grupo.
Muito mal está a comunidade em que os partidos não funcionem ou estejam condicionados na sua actuação por interesses económicos e/ou de grupo.
Dito isto, o que se passa hoje em Famalicão é o exemplo puro de decadência da política, fruto da situação em que se encontra o PSD.
O PSD é, hoje, em Famalicão um não-partido. Perdeu a identidade, perdeu a credibilidade e a influência, com reflexo, também, a nível distrital e nacional, conforme pudemos confirmar nas ultimas eleições legislativas, onde o PSD não elegeu qualquer deputado de Famalicão.
É um não-partido que não tem assumido, como devia, o papel de líder de uma coligação que, desde há 8 anos, tem tido o poder em Famalicão, deixando-o totalmente entregue a Armindo Costa, com os seus assessores, e ao CDS/PP.
O PSD é, assim, um partido manietado, gerido a partir dos Paços do Concelho, que tudo controla, "liderado" por um não-líder, que obedece e executa, que afasta vozes incómodas e discordantes (v.g Edna Cardoso, Jorge Carvalho,...) e que apenas se vem afirmando como o mestre dos jogos de poder (lembremo-nos de Ribeirão e, mais uma vez, de Jorge Carvalho).
Quando os partidos não funcionam é a democracia que fica paralisada. Enquanto o PSD não se reencontrar com os seus pergaminhos, enquanto não se libertar das amarras, é Famalicão e são os famalicenses quem perdem.
No próximo domingo vamos escolher o futuro de Famalicão. Em jogo está, de uma forma clara, a escolha entre um PS unido estável e este PSD, sem voz, sem chama e sem influência. Em jogo está esta coligação entre CDS/PP, Armindo Costa e Paulo Cunha, da qual, há muito tempo, o PSD deixou de fazer parte.
Agora escolham!
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