Motivações

Há oito anos, num debate numa das rádios locais com os candidatos à Assembleia Municipal, recordo-me de ouvir o Dr. Nuno Melo dizer que a candidatura da coligação seria uma candidatura "contra os políticos profissionais". Ora, aqui está um soundbyte que jamais esquecerei e que para mim sempre foi elucidativo da forma de fazer politica destes senhores.

Acontece agora que, 8 anos depois, Nuno Melo (ou melhor, o Eurodeputado, Presidente da Comissão Politica Distrital, Presidente da Assembleia Municipal, ...) é de novo candidato à AM.

Ninguém terá ficado muito surpreendido pela notícia, mas confesso que, a julgar pelo noticiado pela imprensa, fiquei surpreso pela necessidade sentida por Nuno Melo para justificar esta candidatura, desde o procurar sossegar os famalicenses quanto às suas previsíveis ausências, afirmando que no PE "até terá mais tempo livre" (o que, levado à letra, significará 5 anos de curtição em Bruxelas...), até ao clamar do seu "amor à terra".

Talvez Nuno Melo o tenha feito porque transparece, agora mais que nunca, que esta maioria assenta em bases pessoais, em projectos isolados e interesses próprios. É um projecto gasto, que precisa de exultações de fôlego para que ainda alguém acredite.

Ai que rumo!!!

As Placas

Placas no chão... as famosas placas legadas pelo nosso Presidente da Câmara e que um programa emitido há alguns anos, na SIC, dizia:

«Em Hollywood, as estrelas primeiro ganham a fama e depois têm direito a uma marca no chão. Em Vila Nova de Famalicão, o Presidente da Câmara, para ter fama, começa pelas marcas no chão.»

Foi este o primeiro sinal do tipo de governação municipal que viríamos a ter. Uma governação de aparências, de salamaleques mas com um desgaste contínuo, tal e qual as letras destes pedaços de metal...

Haja vontade

Começar a escrita neste Blog a falar em Armindo Costa pode ser um mau presságio... Mas o facto de a apresentação "oficial" da sua recandidatura estar na ordem do dia, leva a que percamos algumas linhas a comentá-la.
Sobre este assunto já muito foi dito, tendo-se centrado o debate na discussão sobre se trata de uma promessa incumprida ("não faço mais de dois mandatos")ou se se trata da assumpção de um dever ("a bem de Famalicão").
A meu ver, há aqui factos incontornáveis: Quando Armindo Costa proferiu tais palavras e traçou objectivos (dois mandatos) não o terá feito de ânimo leve. Assumiu uma posição politica, procurando distanciar-se de um modelo de "presidência longa" protagonizada por Agostinho Fernandes.
Ao assumir este timing, Armindo Costa apresentou aos famalicenses um projecto, que iria realizar em 8 anos, findo os quais o mesmo seria avaliado.
Ao propor-se agora a mais um mandato (pelo menos...), Armindo Costa está, claramente, a assumir que se enganou, quer nas previsões, quer nas realizações, pois nem o projecto se cumpriu (por incúria desta maioria), nem ele demonstrou o desapego ao poder que tanto propagandeou.
Armindo Costa, ao assumir esta recandidatura, está a deixar que as vontades se sobreponham às convicções, algo muito perigoso para quem lidera.

O início









Já andávamos a ameaçar há muito... agora é de vez!
Vamos tentar dar o nosso contributo, através deste blog, para uma discussão de ideias e pontos de vista, versando o nosso quotidiano, as nossas convicções e a nossa vivência cívica e politica.
Para que entrássemos neste novo mundo, só houve duas condições prévias que ambos assumimos como fundamentais: Assumir a responsabilidade por aquilo que escrevermos e procurar, tanto quanto possível, manter o blog actualizado, com respeito por quem nos acompanha e lê.

Está assumido o compromisso. Seguem-se as opiniões, que esperamos ver retorquidas, apoiadas ou contrariadas pelos comentários dos leitores.